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CRESCE O ENVOLVIMENTO DE MULHERES COM DROGAS

Cresce o envolvimento de mulheres com drogas
A mulher brasileira está mesmo mudando, como revela uma pesquisa realizada na região de Campinas, São Paulo. Segundo o estudo, o envolvimento de mulheres com drogas aumentou nos últimos anos. De 1993 a 1997, o número de apreensões passou de 10 para 16% do total registrado pela polícia, o que pode significar tanto o crescimento do consumo quanto a utilização de mulheres no tráfico, como "avião" — função intermediária entre o traficante e o comprador. "E a polícia retrata somente parte da realidade", alerta Silvia Cazenave, que desenvolveu a pesquisa para sua tese de doutorado recentemente defendida na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
"A abordagem policial é feita, preferencialmente, junto a homens de baixo poder aquisitivo e de aparência suspeita. Os registros policiais levam a sociedade a acreditar que o consumo acontece predominantemente entre as classes mais humildes", diz a pesquisadora. Enquanto as atenções voltam-se a este grupo social, 33,1% da população universitária da região envolvem-se com tóxicos, um número considerado altíssimo comparado à média mundial — a ONU estima que entre 3,3% e 4,1% da população global estejam ligados ao consumo anual de entorpecentes ilícitos.
O uso de drogas é uma realidade em qualquer esfera social. Nas classes menos abastadas, por exemplo, a cocaína em forma de crack é o tóxico mais consumido. Entre aqueles que se tratam em clínicas especializadas (geralmente homens com o 1o grau incompleto), o mais citado foi também a cocaína, não só na forma de crack, mas em pó ou injetável. Já entre os estudantes universitários, que pertencem à classe média e média alta, lideram os solventes (28,4%), como o lança-perfume, e a maconha (15,8%). É muito comum também o consumo conjunto destas duas drogas (33,9% do uso total).
Segundo os jovens que preencheram os questionários de Silvia, a curiosidade foi o principal motivo que os levaram a experimentar algum tipo de tóxico, a maioria aos 17 anos. Eles têm entre 21 e 24 anos, são de bom nível sócio-econômico e universitários. Silvia teme, no entanto, que o futuro destes estudantes seja comprometido pelo uso de entorpecentes. Além do perigo da perda de controle e dos efeitos nocivos causados pela dependência, as conseqüências mais imediatas, o uso abusivo de drogas pode fazer do usuário um futuro mau profissional. "O consumo por parte destes alunos, que são da área de saúde, pode interferir na sua capacidade como profissionais de reconhecer sinais de abuso e dependência nos pacientes e tratá-los adequadamente", adverte a professora.
"Entretanto", acredita, "não há ainda fórmula para solucionar o problema. Tudo que se pode fazer é investir na prevenção, através da informação e do aprendizado".
Mais informações: ( (019) 236-2251, 729-8465 ou 729-8427.

fonte:http://www.usp.br/agen/rede396.htm