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MULTIMEIOS DE MORATO

Revista Família destaca projeto do Multimeios de Morato
Educação · Thursday, 21 de December de 2006 · 09h10m

O termo Educomunicação foi criado nos anos 90 para designar o uso dos meios de Comunicação Social aplicados à Educação. "O estranhamento inicial entre Comunicação e Educação refluiu à medida que os educadores se apropriaram da linguagem da comunicação e deram a ela uma intencionalidade educativa" afirma o especialista Ismar de Oliveira. A Educomunicação consolidou-se tornou-se política pública .Veja algumas experiências.


Tiago Novelli Premiano tem apenas 11 anos, mas já se considera um "sujeito midiático". Ele é repórter-mirim do Centro de Multimeios, da prefeitura de Francisco Morato, cidade localizada na região metropolitana de São Paulo. Com a criação do centro, em 2003, a administração local abraçou a Educomunicação como política pública. O projeto ensina centenas de crianças de 1ª a 4ª séries, das 16 escolas da rede municipal a produzir rádio, vídeos e jornal, num processo dinâmico de aprendizagem e prática da cidadania. . "Na escola também aprendemos, mas fazendo rádio, temos a prática e não só a teoria", destaca o pequeno repórter. O termo Educomunicação foi criado nos anos 90 para designar o uso dos meios de Comunicação Social aplicados à Educação. Segundo o professor Ismar de Oliveira, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da ECA e maior especialista brasileiro em Educomunicação, a aproximação entre Educação e Comunicação Social surgiu na década de 20, quando o educador francês Celestine Freinet, levou o jornal à sala de aula como material de trabalho, proporcionando à criança produzir notícias de suas comunidades, questionar a realidade de seu entorno e fazer uma leitura crítica da imprensa. "O estranhamento inicial entre Comunicação e Educação refluiu à medida que os educadores se apropriaram da linguagem da comunicação e deram a ela uma intencionalidade educativa" - afirma Ismar. Como resultado, o termo Educomunicação consolidou-se nos meios acadêmicos e tornou-se política pública em muitos .


Os resultados indicam que o caminho está certo. "As dificuldades dos alunos com a leitura e a escrita foram superadas, conseguimos resgatar a auto-estima e a cidadania, inclusive com o envolvimento dos pais", afirma a assistente pedagógica do Centro de Multimeios, Vânia Ribeiro. O projeto também conseguiu diminuir a evasão escolar e a defasagem de aprendizado.


Como princípio democrático da Educomunicação, todos têm vez e voz: mediadores, professores, alunos e comunidade e nada é feito de cima para baixo. Desde a escolha dos nomes de jornais ou rádio até a estruturação, pesquisas e pautas. "Demos liberdade para os alunos se expressarem. Com os meios nas mãos, eles se desembaraçam e se tornam mais críticos", avalia Vânia.


Os temas abordados sempre estão relacionados com o aprendizado da sala de aula e com a formação cidadã, por exemplo, diversidade e ecologia. Os programas de rádio são produzidos fora do horário escolar e veiculados nas próprias escolas. Em breve, ganharão espaço na rádio comunitária da cidade. "O programa vai se chamar Central Kids e vai se popularizar mais, levando informações sobre vários assuntos, como a educação e o dia-a-dia dos jovens", conta o repórter-mirim Fábio de Souza Mendes, de 10 anos.


Aos mediadores, professores e até mesmos aos pais, explica a pedagoga, cabe dar as ferramentas para que as crianças aprendam a ter um olhar crítico dos meios de comunicação. Este ano, por exemplo, a comunicação crítica foi a mais trabalhada entre professores e alunos. "A resistência de professores que não entendiam a relação da educação com o rádio foi vencida depois de perceberam que é possível fazer esta ponte", lembra a pedagoga Cecília de Cássia da Silva Raia. Neste ano, o Centro de Multimeios iniciou um projeto piloto aberto a adolescentes da comunidade. Fora do horário de aula, eles discutem a mídia e elaboram programas de rádio, que são inseridos num podcast, que podem ser ouvidos pela internet (www.podcast1.com.br). Até agora, são apenas sete jovens, mas a objetivo é formar outras turmas. Jhonatan Paulino Nascimento Mirante, de 16 anos, do 1º ano do ensino médio, acredita "fazendo rádio e TV, levando informações e dando oportunidades para os jovens expressarem sua opinião, é possível livrá-los das drogas e das armas".

FONTE:
http://www.franciscomorato.sp.gov.br/default.asp?nav=setores&subnav=imprensa&act=noticias&vid=216